Inovação | Descrição | Proposta de valor |
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Componentes inteligentes | Parafusos, juntas e outros componentes capazes de sinalizar a sua auto-deterioração e integridade estrutural para um sistema de fácil monitorização. | A utilização de componentes inteligentes reduz o risco de problemas em estruturas offshore, diminui a necessidade de monitorização constante e permite rápidas e localizadas intervenções no mar. |
Linhas de ligação à rede melhoradas | Desenvolvimento de cabos mais resilientes, duradouros e mais dinâmicos para lidar com tensões mais elevadas e perderem menos energia ao longo do caminho. | Cabos melhorados permitem a construção de plataformas mais longe da costa e, no caso de cabos dinâmicos, assegurar que as plataformas eólicas flutuantes se possam adaptar ao movimento. |
Plataformas eólicas flutuantes ligadas à rede | Instalação de turbinas eólicas em subestruturas flutuantes que estão presa com linhas de amarração e âncoras. As plataformas flutuantes não requerem uma estrutura fixa ao leito oceânico e, por isso, podem ser construídas em águas mais profundas e mais longe da costa. | Os parques eólicos flutuantes expandem a disponibilidade de produção de energia para outros lugares (particularmente países do sul da Europa), aumentam a produção (os ventos mais longe da costa são mais fortes) e reduzem a poluição na costa, assim como a poluição sonora e visual para as comunidades. |
Melhoria da viabilidade de flutuação offshore fotovoltaica | Estruturas fotovoltaicas colocadas em jangadas ancoradas em águas abertas, com cabos submarinos para canalizar a energia de volta à terra. | Esta configuração utiliza o espaço disponível no mar e permite a produção da energia solar em mar aberto (longe das barreiras ao sol, como edifícios). |
Dispositivos flutuantes de maré | Dispositivos energéticos que podem ser colocados onde a energia das marés é mais elevada, produzindo energia através da subida e descida das marés. | Estes dispositivos podem diminuir significativamente o custo nivelado da energia (LCOE) proveniente das marés, uma vez que as marés são mais fortes e produzem mais energia na superfície, apesar dos riscos mais elevados associados às ondas. |
Novos designs e processos para sistemas de energia de ondas | O desenvolvimento de novas soluções para produção de energia das ondas que sejam menos dispendiosas, mais robustas e duráveis, mas ainda assim leves e flexíveis, para que sejam capazes de lidar melhor com as condições adversas no mar e produzirem grandes quantidades de energia ao mesmo tempo. | Os sistemas permitem quantidades mais elevadas de energia produzida a partir de ondas com um custo nivelado de energia significativamente mais baixo, tornando o processo de geração de energia rentável, o que torna a energia das ondas como uma alternativa viável a outras fontes de energia. |
Sistema de energia osmóticos | Sistemas de energia que aproveitam a energia produzida pela diferença nas concentrações de sal na água dos rios e do mar. Os sistemas podem utilizar um dos seguintes métodos: eletrodiálise inversa e osmose retardada por pressão. | Os sistemas de energia osmótica podem ser instalados na foz dos rios e gerar energia a partir da mistura natural de água salgada com água doce. Potencialmente, podem ser incorporados nos sistemas de dessalinização. |
Sistemas offshore de energia geotérmica | Sistemas que recolhem a energia contida no calor emanado do núcleo da Terra através dos ambientes marinhos. | O calor da Terra é uma fonte de energia renovável constante que poderia fornecer energia 24 horas por dia, independentemente das condições climáticas. |
Sistemas de geração de eletricidade híbrida | Instalações que integram múltiplas fontes de energia dentro de um sistema elétrico offshore. Exemplos de combinações: ondas-solar ou ondas-vento. | Os sistemas híbridos aumentam a previsibilidade e fiabilidade do fornecimento de energia, aumentam globalmente a produção de energia, maximizam a utilização do espaço e otimizam o investimento (por exemplo, utilizando cabos e infraestruturas comuns). |
Tecnologias multifuncionais | Sistemas com múltiplos fins industriais, um dos quais é a produção de energia. Exploram sinergias entre as indústrias/propósitos para aumentar a eficiência (por exemplo, a utilização de um sistema de energia de gradiente geotérmico em sectores como a dessalinização, aquacultura, tratamento de águas, etc.). | As tecnologias polivalentes permitem economizar o espetro, otimizar o investimento (por exemplo, utilizando infraestruturas comuns) e aumentar a eficiência dos sectores da Economia Azul. |
Digitalização de manutenção | Instalação e utilização de (1) interfaces digitais comuns entre sistemas de controlo, (2) sensores ligados a medir as forças fornecidas pelas estruturas da planta, (3) digital twins para monitorizar mudanças de cargas nas estruturas em real tempo, e (4) câmaras ou drones para obter informações sobre intervenções e/ou recursos necessários. | Todas estas tecnologias permitem intervenções de manutenção, mais curtas, com menos frequência e menos intensivas, o que reduz os custos e os riscos dos sistemas produtores de energia no mar. |
Hidrogénio de energias renováveis | Um eletrolisador é instalado em turbinas eólicas offshore ou noutros sistemas offshore para extrair hidrogénio da água. O hidrogénio é então transportado para a costa através de um pipeline dedicado. | O hidrogénio produzido a partir de fontes renováveis pode ser armazenado em baterias transportáveis que podem ser utilizadas numa altura conveniente para o utilizador, ao passo que a energia na rede deve ser utilizada imediatamente ou então perde-se. Além disso, as baterias de hidrogénio facilitam a produção de energia mais longe da costa onde a ligação à rede pode ser inviável. |
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